segunda-feira, 8 de julho de 2013

Karma


No meu último relacionamento confesso, acabei com tudo. Pra começar, iniciei pensando em tudo como um experimento antropológico-participante, imaginei que seria divertido namorar, e ele era a pessoa mais próxima, e ao mesmo tempo distante, novo, fresco, logo aderi à idéia. Não estava muito confiante que iria funcionar, pois era primeira vez que eu realmente pretendia transformar isso num relacionamento sério com todas as conseqüências. Foi bom, me diverti muito, posso até dizer que amei ele. Fiz todos os ritos possíveis de namoro, conheci a família dele viajamos juntos, fizemos planos, nos habituamos um ao outro. Com o tempo percebi que ele gostava muito mais de mim do que eu dele, e que ele não via tudo com os mesmos olhos que eu, de novidade e experimentação, percebi que queria muito mais da vida e terminei. Foi difícil para ele, e para eu ter que agüentar ser a “malvada” aos olhos alheios. Mas, já fazem 3 anos e não me arrependo.
Ok, mas falei tudo isso para justificar, se karma existe, sou condenada a ter relacionamento patéticos de agora em diante. Confesso que por um bom tempo não quis ficar com ninguém, mas agora mesmo se quisesse, meus interesses românticos são mais complicados que eu 1000 vezes.
Quando foi que os homens ficaram tão inseguros e desconfiados? Será que fomos tão malvadas, para deixar essas criaturas tão quebradas assim? Tenho a sensação de estar lidando com pessoas com uma bagagem imensa, de medos, frustrações, que criaram uma casca protetora quase impenetrável.
E eu sinto que tenho parte nisso, pois também contribui.

Criamos esse enigma, e não sabemos lidar como ele. Reclamamos dos homens serem insensíveis e extremamente auto-confiantes e o que faremos agora com essa porção de seres masculinos amedrontados?

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