sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Idas e Vindas



Minhas opiniões sobre o que eu sinto por você mudam de maneira tão frenética que eu não consigo catalogá-las.

Ontem mesmo, o dia foi uma sensação de temperamentos, nosso (des) encontro foi tão constrangedor que pensei que a melhor saída seria ignorar nossa ligação para sempre.

Pensei que você estivesse me odiando, me pintando mentalmente com as mais cruéis e indiferentes pinceladas, ou pior, talvez essas nossas patéticas falta de atitude sejam o que realmente você espera e que nossa ligação não passa de um desvario meu.

Odiei-me interiormente, estraçalhei minhas esperanças, ergui as pontes, que outrora havia abaixado para a sua passagem, reforcei a segurança da minha muralha, fiquei toda alerta na sombra.

Queria que você me dissesse as piores palavras, confrontasse os meus mais encobertos comportamentos inaceitáveis, colocasse um ponto final na história, me obrigasse a reconhecer nossa total incompatibilidade.

*

Suas primeiras palavras foram puramente um pedido de desculpas, quando quem deveria se desculpar era eu.
Não estou pronta para enfrentar meus medos, somados aos seus.

*

Junto minha solidão a sua como um animal consciente da armadilha que não consegue evitar.


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